domingo, 15 de janeiro de 2012

Noite Meretriz

Não era raiva
Não era decepção
Não era algo que me deixasse pra baixo
Era algo que me tiraria do chão.
A meretriz noite me chamava
E eu tentava resistir.
Ah! Noite sabes que ninguém foge dos teus encantos
Por isso eu me coloco ao teu dispor.
A garrafa, o copo, a mesa, as luzes, a música de uma época não tão distante
E meus olhos não paravam um só instante.
Fitei-a longamente
E depois disso nada mais me parecia novo
Fui, e a tive
Dois corpos e duas conseqüências
Não sei em qual cabeça a dor da consciência pesaria mais
Aquela noite pra mim foi única e estranha
Pra ela com certeza foi algo normal e de novo só a cama.
Uma menina, uma mulher
Eram intrigantes seus olhos borrados pela maquilagem forte
Depois do ato, conversa
Curiosidades bobas foram tiradas
Tinha de ser assim
Se não fosse não tinha graça e nem prazer
Noite meretriz
Que me chamou para a conhecer
Fui, e talvez seja novamente o teu
Intrépido homem que teu deu prazer.

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