sexta-feira, 25 de março de 2011

Lamentável! 2

Biblioteca Arthur Vianna sob risco de incêndios

Estado deplorável.
Há 140 anos a Biblioteca Pública Arthur Vianna conserva raridades do patrimônio histórico material do Estado do Pará. Livros como “Rimas várias de Luís de Camões”, datado de 1685 a 1689, e “História do Futuro”, de 1718, são raridades que estão sob a responsabilidade da biblioteca fundada em 1871. Hoje, dia em que a Arthur
Vianna faz aniversário, a preocupação com a conservação do acervo de 770.675 exemplares é grande.O prédio do Centro Cultural Tancredo Neves (Centur), que já abriga a biblioteca há cerca de 30 anos, não oferece segurança específica contra incêndios além dos extintores dispostos em algumas das salas da instituição. A fiação elétrica antiga oferece riscos não só aos funcionários e usuários, como também ao acervo. “A situação elétrica do prédio é bastante crítica. O que mais nos preocupa é a segurança física contra incêndios”, afirma o diretor de leitura e informação da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, Sérgio Massoud.
Há outros problemas: “As divisórias da biblioteca são feitas de material que propaga fogo. O uso de equipamentos eletrônicos também tem que ser readequado, porque no projeto original não foi prevista a utilização desses equipamentos. Foram coisas que foram sendo modificadas e que precisam ser readequadas”, explica Massoud.
De acordo com a gerente da biblioteca, Ruth Selma dos Santos, dos 14 departamentos que compõem a Arthur Vianna, nem todos contam com equipamentos de segurança contra incêndio. “A proteção que temos são só os extintores e as saídas de emergência. As salas maiores têm extintores, mas as menores não”, informa. Ainda assim, Massoud afirma que o problema não se resume aos equipamentos de combate ao fogo, mas principalmente à prevenção. “Quando se trabalha com acervo documental é complicado, porque a água pode destruir o acervo também. Então, o que tem que haver é prevenção contra incêndios porque o sistema de segurança tem que ser o mais convencional”.
O pesquisador José Leôncio Siqueira costuma frequentar a biblioteca para realizar pesquisas documentais. Ele é uma das pessoas que dependem das raridades guardadas no Centur e se preocupa com a conservação desse patrimônio. “Alguns aspectos precisam ser mais cuidados para que se tenha uma maior conservação. O conteúdo é muito rico, não podemos perdê-lo”. Para tentar solucionar esse problema, ele afirma que existe um projeto de reforma do prédio. “Existe uma verba federal pré-aprovada pelo MinC (Ministério da Cultura) para essa reestruturação. Acredito que ainda esse ano possamos ter o Centur readequado”.
A estudante de mestrado Bárbara Palha visita periodicamente os departamentos de microfilmagem e de obras raras da biblioteca e acredita que o esquema de segurança é confiável. “Podemos ter acesso às obras que estão em bom estado de conservação no departamento de obras raras, mas sempre ficamos com uma pessoa na sala. Mas acredito que a microfilmagem poderia ser mais valorizada.”
Apesar da grande movimentação (cerca de 500 pessoas ao dia), a demanda tem diminuído. Até 2000, a biblioteca chegava a receber duas mil pessoas diariamente. “Nossa análise é que isso é causado pela internet. A biblioteca ainda não conseguiu acompanhar essa demanda”, diz Ruth Santos. (Diário do Pará)

Meu Pitaco
 "Pensei que as notícias ruins tinham terminado, mas dando uma pesquisada encontrei essa outra reportagem sobre o abandono que vem passando a Biblioteca Arthur Vianna, Oh Meu Deus! Quando vão tratar a educação de maneira mais eficiente?"

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